quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Um Pouco Sobre o Artista


            No fim do século XIX, momento em que a importância do conhecimento científico estava mais que consolidada, alguns pintores passaram a se utilizar das teorias cientificistas para produzir.  Georges Seurat foi um desses artistas, que trabalhavam como verdadeiros cientistas, no seu caso, aprofundando-se no estudo da óptica, no estudo das cores.
            Seurat trabalhava com uma técnica chamada Pontilhismo ou Divisionismo, em que as pinceladas eram curtas e sistematicamente distribuídas pela superfície da tela e as cores eram colocadas, sem serem misturadas, em pequenas porções posicionadas lado a lado, pois, por meio de seus estudos e de estudos da época, descobriu que o nosso cérebro seria o responsável por misturar as cores e gerar os tons intermediários, e demonstrando a importância dessa conclusão estão os aparatos tecnológicos que temos hoje; como a tela do computador, ou da televisão, em que o princípio de funcionamento é o mesmo; cores colocadas uma ao lado da outra, sendo do nosso cérebro a obrigação de misturá-las.
       

Torre Eiffel



   A obra ‘Torre Eiffel’ de Seurat,é baseada na construção e na razão,na ciência, no modo de perceber as formas,surgindo assim,a técnica do pontilhismo, por meio cientifico mecânico que obriga a pintura a se qualificar como técnica de precisão.Pode ser notado também,a relação com a realidade instantânea,a modernidade e os monumentos históricos.

Aman-Jean

Com o passar do tempo, mais precisamente na virada da década seguinte em meados de 1880, sofri grandiosa e, principalmente, valiosa influência de certos impressionistas, como Monet e Renoir. Sendo assim, meus traços adquiriram formas mais simples e esfumaçadas, os personagens aos quais eu me retratava começaram a aparecer quase sempre flagrados em sua espontaneidade ou intimidade, revelando o retrato imediato da realidade da qual eu me deparava. Efetivamente, os fundos são preenchidos, como se estivessem completamente pintados, e a presença das cores preto e cinza torna-se cada vez mais comum. É possível identificar tais características em diversas obras de minha autoria, como no retrato de Aman-Jean (1882- 1883), onde o fundo encontra-se tomado por uma granulação, que está plenamente de acordo com o preto mais sólido do casaco e do cabelo. Digamos que seria então como uma conexão entre Rembrandt – com seus focos luminosos envoltos por sombras – e a ciência moderna, que trás a luz como o intuito de dividir as sombras das obras. Daqui para frente, meus contornos se dissolvem, e as figuras tomam forma de algo parecido com vultos; é como se eu estivesse fazendo do desenho uma xilogravura.

Uma tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte.




nome da obra: Uma tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte
ano: 1884-1886
técnica: óleo sobre a tela
estilo que pertence: impressionismo

Esta obra retara um momento de lazer, onde as pessoas vão para o parque passar várias horas em uma tarde de domingo. A maneira em que os personagens estão vestidos é de acordo com o século XIX.
No lugar de pinceladas, o artista pintava em pequenos pontos uniformes, em cores brilhantes, uns ao lado dos outros. Vistos de longe, os pontos pareciam sair do fundo e sugeriam outras cores, também brilhantes.
Quando esta obra foi exibida, em 1866, em uma exposição de arte impressionista, muitos pintores foram atraídos para o pontilhismo.
As áreas de luz e sombra foram feitos por pontinhos amarelos que dão a ideia da luz do sol, e de pontinhos mais escuros que surge as sombras feitas pelas copas das árvores e pelas sombrinhas das mulheres.

PAS:
O pas trás como reflexão a relação entre arte e filosofia, moral, política, ciência, tecnologia, mito, religião e fé, e essas questões são discutidas e exemplificadas nas obras de arte em diferentes épocas e contextos sociais, históricos, filosóficos e técnicos.
Trás também o questionamento da estética, uma área de investigação filosófica relacionada a artes e uma forma de conhecimento sensível do mundo.


A obra "Banhistas em Asnière" é uma pintura a óleo sobre tela, a primeira de duas obras-primas de Seurat em escala monumental. A tela é de uma cena ribeirinha suburbana, figuras isoladas, com suas roupas empilhadas, juntamente com árvores, muros e edifícios austeros, às margens do Rio Sena. Uma combinação de técnicas de pinceladas complexas e uma aplicação meticulosa da teoria da cor contemporânea trazem para a composição um sentido de vibração suave e intemporalidade.
Seurat concluiu a pintura em 1884, quando tinha 24 anos de idade, e continua a intrigar muitos de seus contemporâneos. A imagem não foi amplamente aclamada até muitos anos após a morte do artista, com a idade de apenas 31. Uma apreciação do mérito da pintura cresceu durante o século XX, e hoje está exposto no National Gallery, em Londres, onde é considerado um dos destaques da coleção da galeria de pinturas.

"O Circo"


A obra "O Circo" de Georges Seurat foi pintada em 1891, no ano em que ele faleceu, deixando a obra inacabada. Segundo o artista, o mais importante em sua obra não era a poesia, mas sim o método. Ele foi influenciado pelo impressionismo, especialmente por valorizar a luz, mas era contra a espontaneidade excessiva do movimento. A partir do momento em que Seurat restaurou a importância da forma e trabalhou a cor à luz da ciência, iniciou o neo-impressionismo.
A técnica do pontilhismo,baseada em pinceladas mínimas de cores puras é uma característica própria de Seurat. A obra “O Circo” apresenta predominância de cores claras, mas aparecem também o vermelho, o amarelo e o violeta. A luz começa clara, atrás das personagens sentadas, e escurece próximo às cortinas, tornando-se cor de violeta.
No fundo aparecem personagens paradas assistindo ao espetáculo. Essa imobilidade se contrapõe à rapidez das personagens que trabalham no circo, como a bailarina mostrando o equilíbrio, o acrobata que vibra com os saltos que dá e o palhaço observando tudo expressando sentimento de alegria.