No fim do século XIX, momento em que a importância
do conhecimento científico estava mais que consolidada, alguns pintores
passaram a se utilizar das teorias cientificistas para produzir. Georges Seurat foi um desses artistas, que
trabalhavam como verdadeiros cientistas, no seu caso, aprofundando-se no estudo
da óptica, no estudo das cores.
Seurat trabalhava com uma técnica chamada Pontilhismo ou Divisionismo,
em que as pinceladas eram curtas e sistematicamente distribuídas pela
superfície da tela e as cores eram colocadas, sem serem misturadas, em pequenas
porções posicionadas lado a lado, pois, por meio de seus estudos e de estudos
da época, descobriu que o nosso cérebro seria o responsável por misturar as
cores e gerar os tons intermediários, e demonstrando a importância dessa conclusão
estão os aparatos tecnológicos que temos hoje; como a tela do computador, ou da
televisão, em que o princípio de funcionamento é o mesmo; cores colocadas uma
ao lado da outra, sendo do nosso cérebro a obrigação de misturá-las.